Publicado em 12/05/2008 pelo site Blog Uol
Fabiano Ormaneze - DA AGÊNCIA ANHANGÜERA - fabiano.ormaneze@rac.com.br
Sobrapar recebe cirurgião dos EUA
Um dos maiores especialistas em reconstrução de orelha do mundo, Sean Boutros ficará em Campinas até o próximo sábado
A Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Crânio-facial (Sobrapar), em Campinas, recebe esta semana um dos maiores especialistas em reconstrução de orelha do mundo, o médico norte-americano Sean Boutros. Ele permanece na instituição até o próximo sábado e fará pelo menos dez cirurgias para correção de casos de microtia, deformidade da orelha, ou anotia, a ausência total do órgão, além de outras má-formações, como as de maxilar. As reconstruções de orelha até agora raramente eram feitas pela instituição que, no ano que vem, completa 30 anos de fundação.
Cerca de 20 pacientes foram avaliados no sábado por Broutos. Os casos que não forem operados por ele serão tratados posteriormente pelos médicos da Sobrapar, qualificados pelo especialista durante esta semana. “Será um grande ganho para a instituição. No mundo todo, poucos hospitais fazem esse tipo de cirurgia. É mais um tratamento que nos coloca como referência”, explicou o vice-presidente da entidade, Cássio Eduardo Raposo do Amaral.
Broutos é autor de um dos principais livros do mundo em sua área, Current Therapy in Plastic Surgery, ainda sem tradução para o português. Além disso, ele foi aluno de Joseph McCarthy, considerado o pai da cirurgia crânio-facial no mundo.
Estimativas dão conta de que, no Ocidente, uma em cada 2 mil pessoas tem alguma deformação na orelha. Nas cirurgias, Broutos vai utilizar cartilagem da costela dos próprios pacientes para a reconstrução do órgão.
Modelada cirurgicamente, a cartilagem é colocada embaixo da pele. Posteriormente, é enxertada mais pele para se obter um resultado estético muito próximo do natural.
Todo o trabalho do especialista é voluntário. Ele pagou, inclusive, as passagens para sua vinda ao Brasil.
Ainda quando era um estudante de medicina, na década de 80, o médico conheceu o trabalho do fundador da Sobrapar, Cássio Raposo do Amaral. “Meu objetivo é ajudar a entidade a expandir sua atuação e se tornar também uma referência na reconstrução de orelhas”, disse.
Uma cirurgia desse tipo, no sistema privado, teria um custo que supera os R$ 10 mil. No Texas, estado ao Sul dos Estados Unidos, onde vive, Broutos também já fez diversas operações gratuitas à população carente.
Esperança
A vinda do especialista ao Brasil é uma esperança para os pacientes. A professora Erilana Ferreira Resende viaja todos os meses dez horas entre Presidente Oligário (MG) e Campinas para realizar o tratamento da filha Hellen, de 9 anos.
A menina nasceu com má-formação das pernas, mãos, orelhas e maxilar. Há cerca de um ano, ela faz tratamento na Sobrapar. “Quero muito que ela faça a cirurgia. Isso vai transformar a auto-estima dela e evitar outros problemas de saúde. Por causa da má-formação do maxilar, ela sente, com freqüência, fortes dores de cabeça”, disse.
O operador de máquinas Levy Gomes da Silva, de 18 anos, que tem má-formação da orelha direita, também sabe o quanto a cirurgia é importante. “Às vezes, tenho vergonha de sair de casa, pois todo mundo fica olhando. Além disso, para o mercado de trabalho, a aparência pesa muito”, comentou.
A Sobrapar é hoje uma referência mundial no tratamento de deformações crânio-faciais. Instituição filantrópica, realiza por ano 1,2 mil cirurgias e cerca de 20 mil atendimentos de pessoas vindas de todo o País, além de receber cirurgiões do mundo inteiro que pretendem se especializar na área.
terça-feira, 2 de março de 2010
Mutirão para plástica gratuita na orelha em MS
Mutirão para plástica gratuita na orelha em MS
Publicado em 17/09/2000 - 16h00/ publicidade da folha Online
O serviço de cirurgia plástica da Santa Casa de Campo Grande e o SUS (Sistema Único de Saúde) realizam amanhã (18) mutirão de cirurgia reparadora da orelha, uma iniciativa das duas instituições com apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mais de 80 pessoas já compareceram ao ambulatório para passar pela triagem, mas somente 30 pessoas foram selecionadas, a maioria escolhida são crianças que apresentam deficiências auditivas e estéticas, já que a equipe entende que é na infância que começam os tramas causados pelas brincadeiras feitas com crianças que têm problemas estéticos.
De acordo com o médico chefe da equipe, Cleder Gomes de Almeida, as cirurgias vão ser realizadas com recursos do SUS e os casos mais comuns escolhidos foram os de microtia, ou seja, ausência da orelha.
Ele explicou também que a operação da microtia é realizada em duas etapas: quando é retirado o tecido cartilaginoso das costelas do paciente, modelado e implantado, após dois meses há uma nova operação e dificilmente acontece rejeição.
As informações são da Agência Brasil.
Publicado em 17/09/2000 - 16h00/ publicidade da folha Online
O serviço de cirurgia plástica da Santa Casa de Campo Grande e o SUS (Sistema Único de Saúde) realizam amanhã (18) mutirão de cirurgia reparadora da orelha, uma iniciativa das duas instituições com apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mais de 80 pessoas já compareceram ao ambulatório para passar pela triagem, mas somente 30 pessoas foram selecionadas, a maioria escolhida são crianças que apresentam deficiências auditivas e estéticas, já que a equipe entende que é na infância que começam os tramas causados pelas brincadeiras feitas com crianças que têm problemas estéticos.
De acordo com o médico chefe da equipe, Cleder Gomes de Almeida, as cirurgias vão ser realizadas com recursos do SUS e os casos mais comuns escolhidos foram os de microtia, ou seja, ausência da orelha.
Ele explicou também que a operação da microtia é realizada em duas etapas: quando é retirado o tecido cartilaginoso das costelas do paciente, modelado e implantado, após dois meses há uma nova operação e dificilmente acontece rejeição.
As informações são da Agência Brasil.
O que é Microtia?
Microtia é uma anomalia congênita, caracterizada por uma pequena forma anormal orelha (pavilhão). É geralmente acompanhada por um estreito canal auditivo bloqueado ou ausente.
Microtia podem ocorrer como a única anormalidade clínica ou como parte de uma síndrome.
A prevalência estimada de microtia é 0,8-4,2 por 10 000 nascimentos, e é mais comum em homens. Microtia pode ter uma predisposição genética ou ambiental. Mendelian formas hereditárias de microtia com um modo de autossômica dominante ou recessivo de herança, e algumas formas devido a aberrações cromossômicas têm sido relatados.
Vários genes responsáveis foram identificados, a maioria deles sendo genes homeobox. Mouse modelos têm sido muito úteis para estudar estes genes, fornecendo informações valiosas sobre o desenvolvimento do sistema auditivo. Neste artigo, analisamos as características epidemiológicas dos microtia e as causas ambientais envolvidos. Além disso, podemos discutir o desenvolvimento do sistema auditivo, especificamente os aspectos relevantes do desenvolvimento da orelha externa e média.
O foco desta revisão é discutir os aspectos genéticos da microtia e síndromes associadas. Os aspectos clínicos de vários distúrbios envolvendo microtia também são discutidos em relação aos genes que estão causando.
Fonte:wwww.pubmed.com
Genética de microtia e síndromes associadas.
Alasti F, Van Camp G.
Departamento de Genética Médica, Universidade de Antuérpia, Universiteitsplein 1, 2610 Wilrijk, Bélgica. guy.vancamp @ ua.ac.be
Microtia podem ocorrer como a única anormalidade clínica ou como parte de uma síndrome.
A prevalência estimada de microtia é 0,8-4,2 por 10 000 nascimentos, e é mais comum em homens. Microtia pode ter uma predisposição genética ou ambiental. Mendelian formas hereditárias de microtia com um modo de autossômica dominante ou recessivo de herança, e algumas formas devido a aberrações cromossômicas têm sido relatados.
Vários genes responsáveis foram identificados, a maioria deles sendo genes homeobox. Mouse modelos têm sido muito úteis para estudar estes genes, fornecendo informações valiosas sobre o desenvolvimento do sistema auditivo. Neste artigo, analisamos as características epidemiológicas dos microtia e as causas ambientais envolvidos. Além disso, podemos discutir o desenvolvimento do sistema auditivo, especificamente os aspectos relevantes do desenvolvimento da orelha externa e média.
O foco desta revisão é discutir os aspectos genéticos da microtia e síndromes associadas. Os aspectos clínicos de vários distúrbios envolvendo microtia também são discutidos em relação aos genes que estão causando.
Fonte:wwww.pubmed.com
Genética de microtia e síndromes associadas.
Alasti F, Van Camp G.
Departamento de Genética Médica, Universidade de Antuérpia, Universiteitsplein 1, 2610 Wilrijk, Bélgica. guy.vancamp @ ua.ac.be
Assinar:
Postagens (Atom)
